De uma mãe dizendo adeus a seu filho
Suprimindo os seus suspiros e ais
Enquanto o barco marca lentamente seu trilho
Novo imigrante forçado a foragir
Com sonhos feitos de melhores horizontes
Imigra sem noção das dores que vão vir
Com a saudade dos seus vales, dos seus montes
CADA PÁSSARO DEIXA O NINHO
PARA NUNCA MAIS AO NINHO VOLTAR
SERÁ QUE CADA PASSARINHO
VOA COM SAUDADES DE REGRESSAR
Como imigrante labuta, fazendo casa e lar
Lutando para os filhos terem aquilo que têm
Mas sempre sonhando de um dia regressar
À sua terra onde já se foi pai e já se foi mãe
E a saudade tão lhe aperta e dói no peito
Imaginando peugadas por caminhos de criança
Mas o seu caminho de imigrante imperfeito
Jamais pode mudar e o destino sem rumo avança
CADA PÁSSARO DEIXA O NINHO
PARA NUNCA MAIS AO NINHO VOLTAR
SERÁ QUE CADA PASSARINHO
VOA COM SAUDADES DE REGRESSAR
Quantos dias e quantas noites, coitadinho
Passa questionando as decisões da vida
O sonho que o cegou para fugir do ninho
Os desgostos e arrependimentos da via seguida
E quando mete tudo nos pratos da balança
Entende que toda a saudade é pesada de mais
E o coração dói para ser outra vez criança
E não ter que deixar o pai e a mãe em cima do cais
CADA PÁSSARO DEIXA O NINHO
PARA NUNCA MAIS AO NINHO VOLTAR
SERÁ QUE CADA PASSARINHO
VOA COM SAUDADES DE REGRESSAR
PARA NUNCA MAIS AO NINHO VOLTAR
SERÁ QUE CADA PASSARINHO
VOA COM SAUDADES DE REGRESSAR
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